Há quem diga que o veganismo é necessariamente elitista, isto é, atende apenas às classes altas da sociedade. Isto, em parte, não deixa de ser verdade, se e tão somente se considerarmos como alimentos veganos única e exclusivamente aqueles que levam o selo de “vegano” de alguma empresa.
Contudo, há também aquelas pessoas que preferem seguir por um outro caminho, procurando o que há de vegano entre alimentos supostamente não-veganos, isto é, nas prateleiras de supermercado, em locais acessados pelas classes mais pobres e precarizadas. Eu particularmente prefiro seguir por este caminho.
O veganismo, de maneira bem resumida, corresponde a um movimento contra a exploração dos animais não-humanos – lembrem-se: o ser humano também é um animal; daí dizer “animais não-humanos”. Contudo, se esse movimento contra a exploração de animais não-humanos, que luta pela libertação animal, não adere a uma crítica ao sistema capitalista, ele acaba se tornando conivente com este e, consequentemente, terminará favorecendo a transformação da exploração dos animais não-humanos numa forma de exploração “mais sustentável”. Isso ocorre, pois, enquanto houver capitalismo, haverá exploração animal, pois o sistema capitalista define o ecossistema planetário como um grande depósito de matérias-primas pronto para ser explorado até que se esgote. Isso implica no aquecimento global, no aumento de emissão de dióxido de carbono na atmosfera, em dejetos tóxicos nos rios, poluição do mar, e, consequentemente, no aumento de doenças respiratórias, de mosquitos vetores de doença, como o Aedes aegypti. Novas tecnologias são criadas para extrair de maneira cada vez mais intensa do planeta.
Para evitarmos alguns equívocos, é importante mencionar que o desenvolvimento tecnológico não tem nada a ver com o sistema capitalista. Quem cria e desenvolve as tecnologias eletrônicas é a classe trabalhadora. O sistema capitalista é o que tornará o acesso a essas tecnologias inacessível à maioria da classe trabalhadora, pois, no sistema capitalista os trabalhadores e as trabalhadoras não têm acesso direto ao fruto do seu trabalho. Segundo Helen Hester, em seu livro Xenofeminism,
Tecnologias não são inerentemente benéficas – de fato, elas nem mesmo são inerentemente neutras – mas são de fato constrangidas e constituídas por relações sociais. Isto inclui histórias de design específicas, infraestruturas (técnica, política, cultural) existentes na qual emergem, e desequilíbrios em termos de quem pode acessá-las – um fator amplamente dependente do caráter das tecnologias específicas em questão.
(…) Tecnologias, portanto, precisam ser contextualizadas como fenômeno social, e portanto tão disponível para transformação através da luta coletiva.[i]
Menciono isso pois há veganos conservadores e moralistas que acreditam que o desenvolvimento tecnológico é o responsável pela destruição do planeta, levando-os a confundir naturismo com veganismo – na melhor das hipóteses –, quando não aderindo ao que se compreende como ecofascismo – na pior das hipóteses –, isto é, desastres ecológicos são vistos como a resposta da “Mãe Natureza” contra a maldade “própria” da humanidade, servindo muitas vezes de camuflagem para racismo – na maioria das vezes – e misantropia. Adere-se em ambos os casos a uma falsa dicotomia entre o ser humano e os demais animais, como se a sociedade não fizesse parte do ecossistema planetário. Daí também resulta uma negação das tecnologias eletrônicas, assim como da própria ciência, como se esta tivesse ocasionado um mal-estar ao mundo. O responsável pela destruição do planeta é o sistema capitalista. É no contexto do sistema capitalista que as tecnologias eletrônicas implicarão desde o não acesso ao produto do trabalho até a mão de obra escrava para a extração de minerais, como o tântalo, que serão utilizados na fabricação de celulares.[ii] Ponto.
Hoje em dia já existem empresas que fabricam carne em laboratório, como a Good Food Institutes. As carnes de laboratório são criadas a partir de uma única célula dum animal, como um boi, por exemplo. Com esta única célula é possível criar carne o suficiente para a alimentação, além de que ela não vai passar pelo mesmo processo que as carnes encontradas no supermercado. Elas são de fato mais saudáveis no sentido de não sofrerem processos como a hormonização forçada de animais não-humanos. Ou você acha que o frango que é vendido no supermercado é carnudo daquele jeito porque frangos são carnudos? Isso para não falar dos estupros que vacas sofrem. Isso seria utilizar a ciência em prol da vida, tal como preconizado pelo filósofo anarquista Mikhail Bakunin:
Não desprezo absolutamente a ciência e o pensamento. Sei que é sobretudo graças a eles que o homem se distingue de todos os outros animais, e considero uma e outro como os únicos faróis do progresso humano. Mas sei ao mesmo tempo que, assim como as estrelas, esses faróis iluminam fracamente quando não estão em harmonia com a vida; sei, digo, que a verdade que eles difundem torna-se impotente e estéril quando ela não se apoia na verdade tal como existe na vida. Contradizer essa verdade condena frequentemente a ciência e o pensamento à mentira, aos sofismas e ao serviço da mentira, ou ao menos, a uma vergonhosa covardia e à inação.[iii]
Contudo, por estarmos dentro do sistema capitalista, essas carnes não estarão acessíveis às pessoas como gostaríamos que estivessem. Bom, cabe ressaltar que nem toda pessoa vegana detesta o gosto de carne. Ser vegana e ser herbívora são coisas distintas. Como falo a partir duma posição vegapunk, não duma posição religiosa ou moralista – como ocorre com aquelas pessoas que acham que ser vegano é ser “evoluído espiritualmente” –, eu endosso a possibilidade, otimista até – mas dum otimismo debochado/funkeiro, não ingênuo –, de aderirmos à alimentação com carnes de laboratório, o que implicaria, dentre outras coisas, a libertação dos animais não-humanos, a abolição da indústria da carne e, consequentemente, tanto de plantações de sojas e da propriedade de terras que implicam o desterramento de populações indígenas, calon, quilombolas, e por aí vai. Se eu comeria uma carne desta? Sim. Afinal de contas, ela não seria proveniente de exploração animal, além do fato de que a chance de essas carnes conterem algum tipo de bactéria ou vírus nocivo ao ser humano seria bem reduzida. O meu otimismo debochado/funkeiro configura, inclusive, um horizonte impossível, no sentido de que dentro do possível – isto é, nos marcos do sistema capitalista – ele não se realizará, já que o sistema capitalista produz miséria. Este horizonte impossível ao qual me refiro diz respeito a uma outra realidade na qual já não haveria espaço para a metafísica da escassez, alimentos seriam criados em impressoras 3D.[iv] Para que isso ocorra, é necessária a superação, e não a transformação, do sistema capitalista.
Bom, enquanto este dia não chega – e para que ele chegue é necessário que criemos condições de possibilidade para o seu surgimento, abrindo mão da “impaciência histórica”[v] –, o que podemos fazer é identificar entre os alimentos supostamente não-veganos, isto é, em supermercados e outras lojas, alimentos veganos. Um primeiro e importante conselho é sempre olhar o verso da embalagem, verificando se há algo na composição do alimento que seja de origem animal, como leites, ovos, corante de cochonilha[vi], e por aí vai. Isso, aliás, deveria ser o básico, já que muitas das vezes pode haver na composição algo ao qual somos alérgicos. Fica a dica.
Como exemplo, utilizarei alguns produtos que são fáceis de serem encontrados no mercado. Começaremos com o biscoito wafer Hipopó sabor chocolate, que custa em torno de R$1,98.[vii]
Ingredientes: Açúcar, Farinha de Trigo Enriquecida com Ferro e Ácido Fólico,[viii] Gordura Vegetal, Cacau em pó, Amido de Milho, Sal, Corante Caramelo IV, Emulsificante Leticina de Soja, Aromatizantes, Fermento Químico de Bicarbonato de Sódio. CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE TRIGO E SOJA. PODE CONTER LEITE.
Destrinchando as informações acima, é importante saber que a ordem dos ingredientes diz respeito à quantidade destes na composição. Logo, se o açúcar é o primeiro citado, é porque há bastante açúcar na composição. Da composição, talvez os menos conhecidos sejam o corante caramelo IV e o emulsificante leticina de soja. Comecemos pelo corante caramelo IV.
O que é o corante caramelo IV? Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC)[ix],
O caramelo IV, um dos corantes artificiais alimentares mais usados no mundo, é responsável pela coloração encontrada em refrigerantes de cola, molhos, chocolates, cervejas e outras bebidas alcoólicas, remédios e até em alimentos para cães.
O caramelo IV, diferentemente do caramelo regular, é resultante do açúcar puro aquecido. O IDEC também faz um alerta quanto à sua toxicidade, que não costuma ser informada pelas empresas, além de que a quantidade permitida no Brasil é maior que noutros países. Às vezes, o barato pode sair bem caro a longo prazo.
Já o emulsificante é uma substância capaz de ligar dois ingredientes que não se dão muito bem. Pense, por exemplo, na água e no óleo juntos num copo. Eles se misturam? Não. O emulsificante é capaz de ligar uma ao outro. É isto que se costuma chamar de “dar liga”. Para quem não é vegano, o ovo costuma ser utilizado para dar liga. A lecitina, por sua vez, tem nada a ver com o leite, como se costuma imaginar. Segundo o Wikipédia[x],
A lecitina é um fosfolipídio encontrado de forma natural em alimentos de origem animal e vegetal, sendo a gema de ovo, a soja e o gérmen de trigo as principais fontes.
Quando combinada a uma alimentação balanceada e à prática regular de atividade física, a lecitina de soja pode ajudar na perda de peso, acelerando o metabolismo e auxiliando na quebra de gorduras.
A lecitina de soja também é utilizada na indústria alimentícia como emulsificante, impedindo a água e a gordura de se separarem nos alimentos. Pode ser encontrada em margarinas, chocolates, cereais e alimentos assados.
Alguns doentes alérgicos à soja podem ingerir em segurança lecitina de soja, enquanto os doentes com alergia extrema à soja podem reagir a vestígios da lecitina de soja.
Você provavelmente notou que há a descrição PODE CONTER LEITE na embalagem. Isso significa que há leite na composição? Não necessariamente. O que ocorre é que o alimento é produzido na mesma máquina que outros alimentos que contêm leite. Claro, não é produzido no mesmo dia, havendo uma limpeza da máquina entre o intervalo das produções. A descrição PODE CONTER LEITE serve de alerta para quem tem alergia a leite, pois pode ter ocorrido contaminação cruzada no uso da máquina. Contaminação cruzada, neste caso específico, diz respeito à possível presença de leite num alimento que não contém leite em sua composição pelo uso da mesma máquina.
Pelo que verifiquei, a Cory Alimentos, responsável pela fabricação do wafer Hipopó, assim como também da bala Lilith – que você provavelmente já comeu e pensou: “nossa, olha este nome!” –, não possui nenhum registro sobre crueldade animal ou mesmo processos trabalhistas.
Vamos ao próximo produto, o biscoito wafer Bauducco triplo chocolate, que custa em torno de R$ 1,99.
Ingredientes: Açúcar, Gordura Vegetal, Farinha de Trigo Enriquecida com Ferro e Ácido Fólico, Cacau em Pó, Amido, óleo de Milho, Manteiga de Cacau, Sal, Emulsificante: Lecitina de Soja, Aromatizantes e Fermento Químico: Bicarbonato de Sódio. CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE TRIGO E DE SOJA. PODE CONTER: CENTEIO, CEVADA, AVEIA, AMENDOIM, AMÊNDOA, AVELÃS, CASTANHA-DE-CAJU, CASTANHA-DO-PARÁ, GERGELIM, LEITE, NOZES E OVOS.
Já aprendemos o que é emulsificante, que também está presente nesta composição. Alguma dúvida? Vamos para o próximo. Achocolatado Apti, que custa em torno de R$ 3, 47 um pacote de 400 g.:
Ingredientes: Açúcar, Cacau em Pó, Maltodextrina (Streptomyces viridochromogenes, Bacillus thuringiensis, Agrobacterium tumefaciens, Zea Mays), ferro, emulsificante (lecitina de soja) e aroma idêntico ao natural de baunilha. NÃO CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE SOJA.
Muito provavelmente o único ingrediente que causou um certo espanto foi a Maltodextrina. As informações a seguir eu peguei do Wikipédia:
Maltodextrina é o resultado da hidrólise do amido de milho ou da fécula, normalmente se apresentando comercialmente na forma de pó branco, composto por uma mistura de vários oligômeros da glicose, compostos por cinco a dez unidades.
Pode ser definida como um polímero da glicose. Estas moléculas poliméricas são metabolizadas de forma rápida no organismo humano, contribuindo, em indivíduos saudáveis, para um aumento exponencial de insulina (pico de insulina) na corrente sanguínea.[xi]
Ressalto que eu não tenho formação em química, o que me faz recorrer à Wikipédia. Também ressalto que a Wikipédia não deve ser tratada como uma fonte primária, mas secundária, isto é, o que importa de fato são as fontes bibliográficas indicadas no artigo da Wikipédia, das quais o próprio artigo é resultante. De maneira bem resumida, pode-se dizer que a maltodextrina costuma ser utilizada por pessoas que realizam exercícios físicos, que frequentam academia de malhação, ainda que não só.
A maltodextrina presente no achocolatado Apti é feita de milho transgênico. A respeito da discussão sobre alimentos transgênicos, acredito que seria necessário um texto específico sobre, fazer um levantamento de dados aprofundado. Mas para quem tem alguma curiosidade, sugiro assistir o vídeo Transgênicos os Alimentos geneticamente modificados, que é uma dublagem em português do canal Kurzgesat -In a Nutshell feita pelo canal brasileiro Ciência Viva.[xii]
O próximo produto é a Batata Frita Pringles Original, que custa em torno de R$ 9,00.
Ingredientes: Batata, Óleos Vegetais de Girassol e de Milho, Farinha de Arroz, Amido de Trigo, Maltodextrina, Sal, Emulsificante Mono e Diglicerídeos de Ácidos Graxos e Acidulante Ácido Cítrico. CONTÉM GLÚTEN. PODE CONTER TRAÇOS DE: LEITE E TRIGO.
O macarrão cuja massa é feita de sêmola é vegano. Peguemos, por exemplo, o macarrão parafuso da marca Dona Benta, que custa em torno de R$ 1,99 500 g.:
Ingredientes: Sêmola de Trigo Enriquecida com Ferro e Ácido Fólico e Corantes Naturais Urucum e Cúrcuma. Contém Glúten. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE TRIGO. PODE CONTER OVOS.
O biscoito Oreo tradicional, que além de barato é bem gostoso, possui os seguintes ingredientes:
Ingredientes: Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, açúcar, gordura vegetal, óleo vegetal, cacau, açúcar invertido, sal, fermentos químicos: bicarbonato de amônio, bicarbonato de potássio e bicarbonato de sódio, emulsificante lecitina de soja e aromatizante.
Até um tempo atrás, a empresa Mondelez, responsável pela fabricação do Oreo, realizava teste em animais. Contudo, em 2019 ela emitiu uma nota informando o seguinte: “Na Mondelez Internacional, não testamos os nossos produtos em animais, nem financiamos ou contratamos agências externas ou instituições de pesquisa para realizar testes em animais nos nossos produtos ou ingredientes.”[xiii]
Há inclusive biscoitos de sabor bacon, camarão, queijo, churrasco, que não levam nada de origem animal. O que dá o sabor característico do bacon, do camarão, do queijo e do churrasco é o aromatizante. Até um tempo atrás, muitos veganos evitavam utilizar açúcar refinado. Diferentemente do que se costuma imaginar, o motivo é que geralmente era misturado com osso carbonizado. Há também uma discussão em torno do ingrediente óleo de palma em biscoitos. O óleo de palma nada mais é que o azeite de dendê, um conhecido nosso. A respeito desta discussão, sugiro assistir ao vídeo Óleo de palma mata orangotangos?, do canal do Fabio Chaves.
Verificar os ingredientes dos alimentos é, de certa forma, tirar um tempo para si. Marx chega a dizer, num dos volumes d’O capital, que quando o trabalhador tira um tempo pra si, ele está roubando do capitalista. E de fato é isso. Não costumamos verificar os ingredientes dos alimentos pois, primeiro, estamos sempre correndo porque o tempo que temos pra desfrutar é demasiadamente curto – e há uma desproporcionalidade absurda entre o tempo trabalhado e o que recebemos pelo nosso trabalho. Segundo, não recebemos qualquer tipo de educação que nos proporcione autonomia de fato. Claro, autonomia não é uma mera “capacidade de escolha”, tal como nos é apresentado pelo liberalismo. Você vai ao mercado e há quatro marcas diferentes de farinha de trigo à venda, quando poderia haver apenas uma. Toneladas de farinha de trigo serão depois jogadas fora, provavelmente porque venceram e ninguém comprou. Poderíamos mencionar outros tantos produtos mais. Com base nisso, dá realmente pra dizer que existe escassez? Ou o termo mais adequado é: desperdício? O sistema capitalista é um sistema de desperdícios, de esgotamento, de exploração e extração desenfreada. A dieta[xiv] vegana deveria proporcionar, ainda que no campo microfísico, um posicionamento crítico, não uma integração sistêmica no capitalismo, tal como ocorre com empresas de produtos veganos.
Uma pessoa vegana deveria ser uma pessoa que compreende a artificialidade, isto é, a historicidade dos regimes alimentares, dos costumes, não uma pessoa “evoluída espiritualmente”. Eu não sou vegana por uma questão de iluminação pessoal, por ser melhor que outras pessoas, por “não cair em tentação”. Eu sou vegana porque considero absurda a exploração animal, tanto humana quanto não-humana. Eu sou vegana porque quero não apenas repensar o mundo sentada numa mesa, mas transformá-lo radicalmente, fazer com que o verbo se torne carne. Que verbo e que carne é algo a se pensar, pelo qual nos arriscarmos a tentar.
Há grupos de discussões sobre veganismo, alguns chatos, outros beeeem chatos, e outros um tanto piores. Contudo, há também grupos bacanas para se conversar sobre veganismo. Dois deles são o Veganismo sem Firulas e o Veganos Pobres. Há também a página Movimento Afro-Vegano, assim como a coletiva Dhuzati, que afirma um “veganismo através de um antiespecismo descolonial e combativo”.[xv]
Há muita coisa a se pensar e a se fazer. Só não dá pra esperar que um novo mundo caia no nosso colo. É preciso criar condições para que ele insurja.
Inaê Diana Ashokasundari Shravy