Tanta coisa pra criar, um mundo de sonhos à imaginar e poucos minutos para agir. Tantos momentos consumidos em pensamentos, parece até que o tempo me foi emprestado por um Banco de horas e terei mais tempo para usar.

Essa sensação me coloca na condição privilegiada de poder fazer o que quiser com o meu tempo: posso mudar o meu tempo, e consequentemente, minha percepção de vida. E quem sabe doar mais tempo aos necessitados, por que não? Se tempo é moeda também.

Acho que com o passar dos anos, terei mais histórias pra contar.

Outro dia pensei: o tempo pode me aprisionar ou me libertar?

Questionamentos à parte, a melhor coisa a fazer agora, é aproveitar melhor o meu tempo. Sem emprestar, sem doar, comprar ou vender, apenas me ver no meu próprio tempo: conversar com Deus, estar com minha esposa, dar atenção à minha mãe, brincar com meus filhos peludos, cuidar das plantas; há muito que se aprender sobre tempo com as plantas; trabalhar com prazer, rir com meus primos e parentes e lembrar das bobeiras que fizemos quando nos reuníamos nas festas de família que sempre acabavam em alguma celeuma, estar com os amigos do peito e meditar. É tanto tempo pra isso, tanto tempo pra aquilo, que eu decidi que quero tempo pra tudo.

Usei do meu tempo pra pensar com vocês, aqui, construindo esta lauda e cheguei à conclusão de que o tempo é um estado mental, quando o encontro, me sinto livre, pois o tempo do relógio, tem hora certa, enquanto que o tempo da mente não. Transborda os formatos e alcança todos lugares ao mesmo tempo, e me traz de volta intuições, ideias originais, onde as novidades pintam o presente com cores inimagináveis, traz à tona insights, e o passado, se torna um mero tempo distante, do qual sou muito grato.

Resolvi conectar-me ao tempo presente e foi assim que a minha mente se iluminou, e me veio a sensação de que simples momentos plenos como estes, são como portais de infinita felicidade.

E você, já encontrou seu próprio tempo?

28/09/2020 Rogério Lippi