O senso comum é quem dá as cartas, essa é uma excelente estratégia para se tornar popular. É meio que óbvio, se considerar essa frase como exercício semântico, é redundante e ingênuo. Afinal, o que é o senso comum? É a satisfação do desejo íntimo da maioria das pessoas ou um conjunto de éticas que mantém a sociedade sob controle pra definir o que é ser normal?
A verdade esta nas duas opções e em nenhuma delas. É um fundamento complexo, cheio de abismos, pois depende exclusivamente do quanto cada ser humano esta acordado para si mesmo. Padrões de comportamento vem sendo ditados para os humanos desde os tempos sem fim e vão se modificando, hora por interesses réles, hora por guiamento de mentes incondicionalmente amorosas, e essa vitamina alimenta as reações como uma impressão digital, que se auto influencia e se modifica constantemente, como uma massa de pão, fermentando a cada sovada, ganhando elasticidade, crescendo ou apodrecendo.
O que é importante atentar; se tens como objetivo colocar mais um ingrediente nesse pão; é que dependemos exclusivamente da única ferramenta que originalmente temos: o nosso próprio autoconhecimento, e usá-lo para encontrar, o que Caetano Veloso disse em sua música Podre Poderes, “a mais justa adequação”, para pesar a pitada de sal, a pitada de açúcar, o tempero próprio embutido na mão que carregamos e, se vestir com a roupa de que tudo é aparência e que sólido é só um conceito abstrato, aerado e permeável.